A palavra sustentabilidade deixou de se limitar a uma conotação ambiental e passou a ser o foco do turismo.
Estudo da agência Euromonitor demonstra que o turismo atravessará por muitas mudanças até 2040 devido à era pós-pandemia, e uma das maiores preocupações entre essas mudanças é a falta de práticas sustentáveis no setor.
A indústria do turismo precisa da integridade dos destinos e da cultura locais para prosperar.
Consequentemente, muitos especialistas percebiam que é preciso apoiar comunidades locais afetadas pelas mudanças climáticas e pela sobrecarga do turismo a fim de auxiliar a sustentabilidade à longo prazo.
Mas o que é turismo sustentável?
A Organização Mundial do Turismo ensina que o turismo sustentável envolve levar em conta os impactos econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros.
Também leva em conta as necessidades dos turistas, da indústria do turismo e bem como, do meio ambiente.
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Ambiental
O meio ambiente lida com a diminuição das emissões de carbono causadas pelo turismo.
Por outro lado, também tenta diminuir o uso de plástico, produzindo infra-estrutura ecologicamente correta e, bem como, conscientizando os turistas.
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Sociocultural
O objetivo é ajudar as comunidades locais, integrando-as no setor do turismo e colhendo os benefícios.
Isso acontece, por exemplo, em hotéis, pousadas, restaurantes e atrações que contratam funcionários locais ou utilizam alimentos cultivados em fazendas da região, o que incentiva a geração de empregos e a cultura local.
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Economia
Primeiramente, trata da viabilidade financeira que precisa ser alcançada, levando em consideração os outros dois ítens acima.
Se um negócio não é viável e lucrativo, não é sustentável, mas não deve buscar a rentabilidade em detrimento do meio ambiente e da comunidade local.
A indústria de viagens é criticamente dependente da saúde das comunidades ambientes e culturas.
Como muitos especialistas estudavam, alcançar o turismo sustentável requer investir na resiliência dos lugares afetados pelo turismo excessivo e pelas mudanças climáticas.
No entanto, para a maioria das pessoas, a sustentabilidade vem de um futuro que deixamos para a próxima geração.
Por isso, os indivíduos desempenham um papel importante no desenvolvimento do nosso ambiente e sociedade atuais.
As pessoas de hoje, bem como as da próxima geração, devem criar soluções e se adaptar.
A enquete da National Geographic com 3.500 adultos americanos mostra que, com forte apoio à sustentabilidade, 42 % dos viajantes americanos disseram que continuavam a priorizar viagens sustentáveis no futuro.
Na sequência, 56 % dos viajantes que entendem o conceito de viagens sustentáveis reconhecem que as viagens afetam as comunidades locais.
E, ainda, proteger as atrações naturais é importante.
Por outro lado, também foi revelado que os jovens estão mais acostumados às viagens sustentáveis: 50 % deles têm entre 18 e 34 anos.
Recontar histórias pode ajudar, destacando os desafios colocados pelo turismo e divulgar métodos e tecnologias para reduzir os impactos negativos.
Com isso, necessitamos enfatizar a importância de reduzir nossa pegada de carbono e incentivar os viajantes a respeitar as diferenças culturais, investir para que as comunidades se reconectem com a natureza
E, por fim, apoiar organizações que protegem o planeta.
O vocábulo Super-Turismo (oOvertourism) é relativamente novo.
De acordo com o dicionário Oxford, significa: “Muitas visitas turísticas a um destino ou atração popular, prejudicando o meio ambiente local e os locais históricos, mesmo a população mais pobre, afetando a qualidade de vida dos moradores”.
Ainda assim, temos o exemplo da Suécia, que reduziu significativamente suas emissões de dióxido de carbono graças a um movimento popular chamado “flight shaming”.
Na medida em que os países europeus escrevem novas leis de viagens aéreas, alguns outros países passaram a eliminar as decisões que foram uma vez tomadas pelos próprios viajantes.
A França e a Áustria também proíbem voos abaixo de 40 euros. Eles decidiram barrar voos domésticos que levam 2,5 horas ou menos em favor do trem.
O Reino Unido considerou banir o programa de passageiro frequente devido ao seu impacto em voos de longa distância.
Companhias aéreas em várias partes do mundo estão se comprometendo a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa pela metade ou eliminá-las completamente até 2030. Isso inclui algumas companhias aéreas que ainda não noticiaram uma data.No
Sustentabilidade no Turismo Brasileiro:
Brasil, há biodiversidade para todos os gostos.
Embora tenha uma grande oferta de turismo sustentável, um dos lugares mais especiais para se descobrir é o Parque Natural Lençóis Maranhenses, um destino natural protegido no Maranhão.
É composto por dunas de areia branca, que abrigam e protegem imensas lagoas formadas pela água da chuva, tornando esta paisagem única. Se você quer desfrutar da natureza, desconectando-se do mundo por algumas horas, esse é o lugar.
Além de Lençóis, temos Bonito/MS que já foi eleito por 16 vezes como o melhor destino de ecoturismo do Brasil.
Por lá, a preservação ambiental é uma das maiores preocupações da gestão pública e a região é modelo de referência quando o assunto é sustentabilidade.
O destino também utiliza o Voucher Digital, um tipo de bilhete turístico digital que promove a sustentabilidade e maior controle de visitantes na área Fernando de Noronha, PE, que também é um destino brasileiro que se preocupa com o meio ambiente e apoia o turismo sustentável com suas belas praias e atividades locais.
Um exemplo: quem frequenta o arquipélago deve pagar uma taxa de conservação da natureza cujo valor varia consoante o número de dias passados no destino.
Além disso, Noronha não permite a entrada de plásticos nas ilhas.
Para isso, no final de 2018, o decreto Plástico Zero estabeleceu a proibição da entrada, comercialização e uso de recipientes e embalagens de plástico e seus similares. As regras compreendem garrafas plásticas, copos, canudos e sacolas descartáveis.
Ainda assim, outro regulamento de destino, conhecido como Noronha Carbono Zero, estabelece que a partir de 2022, nenhum carro que emite dióxido de carbono entrará na ilhota.
Em 2030, a circulação desses veículos será proibida. E apenas o transporte elétrico pode circular nas ilhas.
O que nós como indivíduos podemos fazer?
- Respeite a cultura local.
- Priorize a economia local.
- Recolhe sempre o lixo, mesmo o lixo orgânico.
- Não traga conchas, pedras e quaisquer “lembranças naturais”.
- Favorecer o uso de eco-bags e garrafas reutilizáveis para evitar o uso de plástico;
- Economize água;
- Não deixe o ar condicionado ligado por qualquer motivo;
- Usar apenas o necessário para evitar o desperdício de alimentos.
- Opte por o transporte público;
- Priorize estabelecimentos sustentáveis.
Não é sempre que podemos deixar de pegar um vôo, mas Christina Beckmann, fundadora da Tomorrow ‘s Air, uma cooperativa de viagens que fez parceria com a Climeworks, acrescenta: “Há muito potencial para turistas individuais serem capazes de tomar a atividade climática em suas próprias mãos.”
Uma vez que voar é a única opção, reservar grandes aeronaves comerciais que podem acomodar mais pessoas e, portanto, emitir menos carbono por pessoa, em vez de aviões menores como jatos particulares, é uma ideia muito debatida para combater as emissões de gases de efeito estufa.
Por fim, os passageiros das companhias aéreas podem recompensar suas emissões fazendo contribuições mensais para a captura de carbono aproveitando as agências parceiras, como Tierra Del Volcan e Natural Habitat Adventures.
Para explorar esses destinos sustentáveis aqui no Brasil, fale conosco e conheça as melhores opções de acomodação e locomoção.